Evandro
De maneira outra, cumpre entendimento que a palavra Tijuco advém do guarani “tyug / tiyuko” a significar tijuco, ou seja, lama, charco ou atoleiro, que por ser de cor escura tornou-se Tijuco Preto, sem com isso deixar de ser o caminho de entrada dos tropeiros pós a travessia do rio Paranapanema. Tyukopauá quer dizer lamaçal.
Pelas indicações tratava-se dum picadão aberto por tropeiros, em direção a Botucatu, para escapar da fiscalização e pagamento de taxas sobre os animais que traziam do sul do país.
Bastante possível que o início de Piraju, com seus primeiros arranchamentos, tenha ocorrido por volta de 1800, fato já existir a tal estrada que atravessava suas terras e servia de acesso aos viajantes do sul para diversas localidades, como os Campos do Paiol e a Serra de Botucatu. Por ser ponto de passagem e graças à fertilidade do solo, certamente uns e outros colonos foram ali se estabelecendo, tomando posse e construindo os primeiros ranchos de moradia.
No seu histórico sobre Piraju o autor Oswaldo de Almeida cita o erudito Escragnolle Doria; “em 1847 veio para a região que hoje pertence a Itaporanga um frade capuchinho, Frei Pacífico Montefalco, como guia espiritual que, atravessando o rio Itararé, se fixara nas proximidades do rio Verde. O referido frade fundou um patrimônio, sob o orago de São João Batista, sendo possível, então, que as famílias dos Gracianos e dos Faustinos tenham procedido de Itaporanga para Piraju onde se estabeleceram” – [IBGE – Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Piraju