Eutanásia
É a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista.
Independentemente da forma de eutanásia praticada, seja ela legalizada ou não (tanto em Portugal como no Brasil esta prática é considerada ilegal), ela é considerada um assunto controverso, existindo sempre prós e contras.
Ela pode ser definida como uma pratica distinta do suicídio assistido, que quando um paciente pede ele mesmo - e sempre de maneira consciente - ajuda para se matar. Este o caso abordado no filme Mar Adentro, de Alejandro Amenbar, em que o personagem vivido pelo ator Javier Bardem luta para obter o direito ao suicídio. O artigo do Código Penal Brasileiro que dispe sobre o suicídio assistido, o de numero 122, descreve-o como a pratica de induzir ou instigar algum a suicidar-se ou prestar-lhe auxilio para que o faça e prever de um a seis anos de reclusão, de acordo com os resultados (se leso ou se morte). O artigo também prevê a duplicação da pena se o crime tiver motivo egoístico ou se a vitima for menor de idade ou com baixa capacidade de resistência. No entanto na Holanda já é permitida para menores a partir de 12 anos e Bélgica vem lutando também para menores poderem ter o direito de decidir se querem ou não a Eutanásia.
Acredita-se que esta seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que, quem morre não perde o poder de ser digno até ao fim, ter o direito de escolha.
São raciocínios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa que assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa proteger a vida. A eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebe