Eutanásia
Resumo:
O objetivo deste estudo é mostrar a origem e aplicabilidade da Eutanásia com ênfase na Bioética aplicada ao estudo de direito, abordar um tema de grande conflito na humanidade, que divide opiniões, por se tratar da dignidade da pessoa humana e a ética da medicina com os dogmas religiosos. A morte sem sofrimento e a morte sem recursos econômicos e sociais, onde a eutanásia se encaixa, os princípios do direito e religiosos em confronto com a vontade do doente. Abordaremos de um modo simples a origem, o pensamento e a ética no tratamento da eutanásia, sem deixar de falar sobre a distanásia e a mistanásia.
palavras-chave:
1 – Aspecto Histórico da Eutanásia; 2 – Características; 3 – Aspecto Jurídico Legal; 4 – Fundamento Legal; 5 – Posição Religiosa; 6 – Argumentos Favoráveis e Contrários à Eutanásia; 7 – Referências Bibliográficas.
1 ASPECTO HISTÓRICO DA EUTANÁSIA
A palavra Eutanásia tem origem grega, que significa “EU – bom e THANATOS – morte”, interpretamos como boa morte, ato de proporcionar a morte sem sofrimento daquele que está condenado por doença incurável.
A eutanásia sempre foi uma prática comum aos mais diversos povos, desde as mais remotas eras, que a usavam pelo mais variados motivos, dentre os quais de ordem econômica, social ou de mera piedade ou compaixão.
Foi igualmente a eutanásia, a boa morte, inspiradora da filosofia de Epicuro, que a entendia como, já que dentro da concepção filosófica epicurista do mundo, não há lugar para o sofrimento e a agonia “in extremis”. A morte suave, doce, seria assim um coroamento do fim das existências destinadas à busca dos prazeres da vida.
A Bíblia Sagrada traz o caso de eutanásia, quando relata em Samuel II, capítulo I, que o Rei Saul, de Israel, estando gravemente ferido na guerra e querendo furtar-se ao sofrimento e a possibilidade de cair em mãos inimigas, apressou a própria morte.
No Egito, Cleópatra fundou uma academia cuja finalidade era a de