Eutanasia
A palavra eutanásia deriva do grego ευ θάνατος, que significa
“morte suave”. Utilizado pela primeira vez em 1869 por W.E.H. Lecky, esta palavra designa a acção de induzir harmoniosa e facilmente a morte, especialmente em casos de doentes incuráveis ou com doenças graves em estado terminal, com o mínimo de sofrimento (Lopes-
Cardoso, 1986; Wikipédia, 2007).
Esta designação desdobra-se em outras que lhe estão ligadas pelo uso da designação:
→ Eutanásia Eugénica – traduz-se por induzir a morte independentemente da vontade de quem a possui, nomeadamente nos casos de malformações, deterioração física ou mental.
→ Eutanásia Activa – se durante o processo que conduz o indivíduo à morte, se esta for inevitável e próxima, a pessoa que assiste o doente lhe fornece substâncias que apressam a morte.
→ Eutanásia Passiva - se durante o processo que conduz o indivíduo à morte, se esta for inevitável e próxima, a pessoa que assiste o doente lhe fornece substâncias que atrasam a morte. → Eutanásia Voluntária – é a mais usual e igualmente a mais discutida e polémica. Traduz-se no acesso à morte pelos indivíduos que, sofrendo de doenças incuráveis ou doenças terminais passíveis de lhe produzir sofrimento, manifestem conscientemente a sua vontade de que a morte lhe seja facultada pelos métodos menos dolorosos.
Por tudo isto se compreende que a eutanásia se designe igualmente por “suicídio assistido”, apesar de ser diferente do conceito de suicídio puro. Na verdade, segundo Lopes-Cardoso (1986: 91):
“Ao contrário do «suicídio», existe portanto aqui a necessidade duma conjugação de vontades, a do indivíduo e a de quem o assiste, já que, por postulado, a actividade do indivíduo, por si só, não é bastante (estaríamos, nesta hipótese, perante um caso de «suicídio»), como não é bastante a vontade daquele que o assiste (estaríamos, nesse caso, perante um homicídio […]) ”.
Ao tomar conhecimento de