eucalipto
Maicon Leopoldino de Andrade
Mestrando em Geografia MGEO/UFBA, Grupo de Pesquisa
Projeto GeografAR, mleopoldinodeandrade@gmail.com
Gilca Garcia de Oliveira
Professora dos Mestrados em Economia e Geografia da UFBA, Grupo de Pesquisa Projeto
GeografAR, gilca.oliveira@gmail.com.
Guiomar Inês Germani
Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia (MGEO/UFBA), Grupo de
Pesquisa Projeto GeografAR, guiomar@ufba.br
Os primeiros plantios de eucalipto no Brasil remontam no começo do século XX, e no caso da Bahia, a porta de entrada destes plantios se deu pelo Litoral Norte e pelo Extremo Sul da Bahia no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990. A consolidação desse processo foi fortemente induzida pelo Estado por meio do Programa de Zoneamento Florestal do
Estado da Bahia e do Plano Nacional de Papel e Celulose (1974) no âmbito federal. Mais recentemente na Bahia, em 1979 na criação da Odebrecht Perfurações Ltda e do recente criado Pólo Petroquímico de Camaçari, foram feitos investimentos vultosos na produção de papel e celulose em áreas do Litoral Norte baiano. É neste mercado industrial interno, que o Estado Brasileiro constrói as bases para a expansão da eucaliptocultura ampliando esta produção para o Sul e Extremo Sul baiano. Neste cenário, tem-se a construção da BR 101 que liga duas metrópoles: Vitória do Espírito Santo a Salvador na Bahia, facilitando e viabilizando o processo de ocupação e de exploração de plantios de eucalipto nesta região. Baseado nesta estratégia de expansão, a região do Sudoeste baiano é a “bola da vez”. O interesse pelo agronegócio florestal, na região do Sudoeste da Bahia, remonta ao período da crise da monocultura do café, que se inicia no final dos anos 1980 e se aprofunda nos anos 1990 com a queda do preço da saca e o encolhimento da área plantada em todo o Planalto da Conquista. Diante dessa ameaça,