Eu sou assim
O bioarquiteto e fundador do Ipema dá dicas e mostra o que faz em casa, em seu laboratório sustentável, para viver de forma mais responsável
Viver de forma sustentável é o desafio de nosso século. Governos de todo o mundo aliados a instituições e à sociedade civil mapeiam soluções para um desenvolvimento sustentável, isso é, progredir sem devastar o meio ambiente, preservando os recursos naturais. Essa procura é marcada por eventos como a Rio +20, realizada recentemente no Rio de Janeiro e a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que teve sua 17ª edição em 2011.
Casa do arquiteto serviu de base para o Ipema
Alguns movimentos como a Rede Global de Ecovilas (Global Ecovillage Network), reconhecido pelas Nações Unidas, experimentam um modelo de vida mais sustentável e princípios com fundações comunitárias. No mundo inteiro, esses espaços promovem, por exemplo, o consumo de produtos orgânicos e a geração de energia a partir de placas solares, formas de vida mais ecológicas e que afetam menos o meio ambiente. No Brasil, um exemplo é o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (Ipema), que desde 1999 atua na conscientização e capacitação de pessoas para as áreas de permacultura (um método de design que objetiva desenvolver áreas humanas produtivas de forma sustentável, respeitando os ciclos e o equilíbrio natural dos ecossistemas naturais), ecovilas e bioconstrução, para assim criar assentamentos humanos sustentáveis.
O fundador do Ipema e bioarquiteto, Marcelo Bueno, conta que o instituto nasceu como uma extensão de sua casa, que ele reconhece como um laboratório de experiências sustentáveis. Há doze anos, Marcelo desenvolve em casa soluções ecológicas para casas e apartamentos, desde a emissão de lixo até a captação de energia. Uma das ideias que ele implantou são as hortas verticais, perfeitas para quem mora em local com pouco espaço. “A verticalidade da horta é