Eu show o número 4
NOMES E LUGARES FORAM MUDADOS PARA PROTEGER OS SEIS
LORIEN QUE CONTINUAM ESCONDIDOS.
ENCARE ESSE COMO SEU PRIMEIRO AVISO.
OUTRAS CIVILIZAÇÕES EXISTEM.
ALGUMAS DELAS PROCURAM TE DESTRUIR.
A porta começa a balançar. Ela é fina e fraca, feita de pedaços de bambu amarrados com tiras esfarrapadas de corda. O tremor é sutil e pára quase imediatamente. Eles levantam as cabeças para ouvir; um garoto de catorze anos e um homem de cinqüenta, que todos pensam que é pai do menino, mas que, na verdade, nasceu próximo a uma floresta diferente, em um planeta diferente, a centenas de anos-luz de distância. Eles estão deitados sem camisa em lados opostos da cabana; mosquiteiros cobrem cada cama. Eles ouvem um barulho distante que parece com o som de algum animal quebrando galhos, mas que, nesse caso, soa como se uma árvore inteira estivesse sendo quebrada. — O que foi isso?- o garoto pergunta.
— Shh- o homem responde.
Eles ouvem o som dos insetos, nada mais. O homem vira-se em direção ao lado da cabana onde a trepidação recomeça. Um tremor longo, mais firme e outro barulho, dessa vez mais próximo. O homem coloca seus pés no chão e caminha lentamente para a porta. Silêncio. Ele respira profundamente à medida que move sua mão devagar em direção ao trinco. O garoto senta-se.
— Não - o homem sussurra e naquele instante a lâmina de uma espada, longa e reluzente, feita de um material branco brilhante não encontrado na Terra, atravessa a porta e afunda no peito do homem. A lâmina projeta-se quinze centímetros além de suas costas e rapidamente é puxada. O homem grunhe. O garoto arfa. O homem toma fôlego e profere uma palavra: “Corra”. Ele cai sem vida no chão.
O garoto salta da cama, irrompendo pela parede dos fundos. Ele não se incomoda em usar a porta ou uma janela; ele literalmente corre em direção à parede, a qual se despedaça como se fosse feita de papel, embora, na realidade, seja de um mogno africano forte e duro.