Etágio
Percebe-se sobre a formação que o docente recebe em sua graduação não é capaz de mostrar a realidade com que os futuros professores enfrentarão em sua carreira profissional; isso já fica evidente durante o início do estágio.
Os professores, em suas formações, são “treinados” através da observação e tentativa de reprodução de uma prática modelar de ensino. O estágio, nesta perspectiva, reduz-se a observar os professores em aula e imitar esses modelos, sem proceder a uma análise crítica fundamentada teoricamente e legitimada na realidade social em que o ensino se processa.
A prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão podem reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria ou de uma teoria desvinculada da prática. Nessa perspectiva, a atividade de estágio fica reduzida à hora da prática, ao “como fazer”, às técnicas a ser empregadas em sala de aula, ao desenvolvimento de habilidades específicas do manejo de classe, ao preenchimento de fichas de observação, diagramas, fluxogramas.
A habilidade que o professor deve desenvolver é saber lançar mão adequadamente das técnicas conforme as diversas e diferentes situações em que o ensino ocorre, o que necessariamente implica a criação de novas técnicas.
A dissociação entre a teoria e a prática resulta em um empobrecimento das práticas nas escolas, o que torna evidente que o estágio é teoria e prática.
Considerando que nem sempre os professores têm clareza sobre os objetivos que orientam suas ações no contexto escolar e no meio social onde se inserem, sobre os meios existentes para realiza-los, sobre os saberes de referência de sua ação pedagógica, faz sentido investir nos processos de reflexão nas e das ações pedagógicas realizadas nos contextos escolares.
Nos estágios dos cursos de formação de professores, compete possibilitar que os futuros professores compreendam a complexidade das práticas institucionais e das ações aí praticadas por seus profissionais como