Etologia dos répteis
Os répteis evoluíram em um impressionante número de formas e tamanhos, que inclui as tartarugas cobertas com cascos, serpentes longas e sinuosas, lagartos de movimentos rápidos e ligeiros e imensos crocodilos. Além disso eles desenvolveram uma grande variedade de estratégias para ajudá-los a sobreviver e reproduzir. A maioria das espécies de répteis é ovípara, mas existem alguns lagartos e serpentes que são vivíparos.
O reconhecimento entre as espécies é algo crítico. Para que a reprodução ocorra com sucesso, precisa haver uma comunicação eficiente entre indivíduos da mesma espécie. Esta comunicação pode ser visual (como ocorre nos iguanídeos), olfativa (incluindo substâncias químicas chamadas feromônios) ou vocal (em lagartos, como os geckos e em crocodilos e jacarés). Os sinais providenciam não só informações para a identificação das espécies, mas também o sexo e a disponibilidade de reprodução de um indivíduo. Em algumas espécies, os machos advertem sobre seu território ou sobre sua dominância social em relação à outros machos usando características que são típicas de suas espécies.
Territorialismo
Na maioria das famílias de lagartos, os machos declaram seus territórios através de alguns rituais característicos. Os machos da família dos Iguanídeos e Agamídeos se postam de maneira a destacar suas diferenças sexuais, seja por meio da cor ou características físicas, para intimidar outros machos e afirmar a posse de seu território. Essa manifestação postural é reforçada por movimentos ritualizados que, dependendo da espécie, pode ser inflar o corpo ou sacudir a cabeça. Os machos de Iguanas Marinhas podem ficar batendo suas cabeças, uns contra os outros, quando há uma disputa por território. Em muitos lagartos monitores os machos costumam lutar usando suas patas dianteiras e tentando derrubar o outro na chão e ficar por cima dele. Em alguns tipos de lagartos, um macho superior afirma sua dominância sobre os outros machos