Etnomatematica
Leitura e Síntese do texto : “Por que Etnomatemática?” de Ubiratan D'Ambrósio
O texto se inicia destacando a importância dos conhecimentos matemáticos para os “descobrimentos” (destacados no texto como fundamentais para tal fato), que se empenhavam as grandes forças navegantes da história, Portugal e Espanha. Porém, afirma que esses,não podem ser considerados como um corpo de conhecimento, ou seja,o reconhecimento da existência de outras formas de pensar não se faz simples em aceitar. Citando Oswald Spengler(1880-1936), o autor faz da matemática uma manifestação cultural viva, vendo-a também em total integração com as demais manifestações de um cultura. Dado-se o surgimento da Antropologia no século XX, muita atenção foi dada ao entender o modo de pensar de outras culturas. Porém o primeiro reconhecimento explícito de outros racionalismos se dê ao Algebrista Yasuo Akizumi, em 1960, dizendo que nem sempre pode se aplicar métodos que se dizem os melhores na Europa, podendo se abranger também instruções apropriadas ao continente asiático, cabendo nisso uma crítica própria: a citação de Akizumi, aceitando as diferentes formas de pensar, nos vira hoje,para o século XXI, a ver tanto como o sistema europeu, como o americano, eram atrasados em suas formas de pensar, visto que a educação asiática nos dias de hoje, é um exemplo mundial e visto com bons olhos a serem copiados por todos.
Com aparição na década de 1970, a Etnomatemática visa entender o saber/fazer matemática ao longo da história. Segundo Ubiratan D'Ambrósio,o Programa Etnomatemática “tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitam sobreviver e transcender, através de maneiras, de modos, de técnicas, de artes (techné ou 'ticas') de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com (mátema) a realidade natural e sociocultural (etno) na qual ele, homem, está inserido.”