etnografia - diario de campo
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São aproximadamente umas 16:00 , estou no lado oposto ao qual se encontra minha sala de aula ;no prédio da frente ,observando a recepção. Há dois funcionários, um recepcionista e um auxiliar. O balcão da recepção quase se confunde com uma área de espera para os alunos. É um espaço bastante interativo, todos que passam conversam com o recepcionista, de outros funcionários á alunos. Há pouco tempo ocorreu o 1° turno das eleições e hoje é dia 07/10/14, e o assunto principal é política. Alunos se achegam e debatem com o recepcionista e seu auxiliar. Pelo que percebi da conversa a oposição ao PT é unânime, porém acham que a candidata Dilma, irá ganhar. Há várias opiniões a respeito da atual situação do país. Todos se mostram insatisfeitos. Ao desenrolar do assunto, mais pessoas se aproximam. O responsável pela recepção e o auxiliar tem uma linguagem de códigos particular, neste primeiro momento parecem que se dão bem. O auxiliar saiu do ambiente. As pessoas começam a se dispersar. Resta apenas um casal que se mostra bastante engajado na conversa. Após mais ou menos uma hora de conversa, já não falam como tanta seriedade fazem piada; e percebo que o recepcionista tem uma mania de coçar a cabeça freqüentemente. O rapaz, então toca em um ponto e a começa a ficar séria de novo e ainda mais fervorosa. Agora, falam de experiências pessoais, mas ainda ligadas a política. E apesar de tudo falam com propriedade no assunto.
O recepcionista agora se recosta na mesa, cansado em todos os aspectos possíveis. O casal continua a conversa entre si. Quando tocam no nome da Dilma a conversa pega fogo novamente. O casal vai embora. Agora há movimento dos funcionários do acadêmico que transitam bastante pelo local. O auxiliar voltou trazendo um café ao recepcionista, eles agora mudam de assunto. Agora falam de mulher e contam histórias mirabolantes. Fico constrangida. Apelidam-se de “Alyson rasga veia”, sabe-se lá por que. São 18h30min, os alunos sobem para suas salas e só