Etnofarmacologia
Originalmente, a etnofarmacologia era definida como uma ciência que procurava entender o universo dos recursos naturais (plantas, animais e minerais) utilizados como drogas sob a ótica de grupos humanos. No entanto, ao longo do tempo esta disciplina evoluiu, sendo definida por Bruhn & Holmsted (1981) como: “Exploração científica interdisciplinar de agentes biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observados pelo homem”.
Muitas pessoas acreditam no poder medicinal das plantas e, para os cientistas, esse é um assunto sério e com nome próprio: etnofarmacologia, um ramo da biologia que estuda o uso terapêutico de plantas e animais pelas sociedades humanas, presentes ou passadas.
A pesquisa etnofarmacológica envolve, em suas diversas etapas, diferentes áreas do conhecimento, uma vez que está ligada à Antropologia, ao se relacionar com várias comunidades e culturas, à Botânica e à Farmacologia.
Os botânicos coletam e identificam a planta utilizada em certa comunidade e, em laboratório, farmacologistas pesquisam a substância responsável pelo benefício no tratamento de doenças. Essa substância da planta é o que chamamos de “princípio ativo”. Antes de chegar à prateleira da farmácia, a planta passa por vários testes que visam determinar seu efeito nos diferentes tecidos e órgãos do corpo.
Freqüentemente, argumenta-se que a cultura popular identifica os sintomas, mas não caracteriza ou entende as doenças como os profissionais da área. O que torna o conhecimento tradicional de interesse para a ciência é que se trata do relato verbal da observação sistemática de fenômenos biológicos feito por pessoas, quiçá freqüentemente