Etnocentrismo

Moral sem ética e sem sentido

Com relação as questões culturais o etnocentrismo aparece como ponto de debate, com obras representativas de visões do mundo fundamentadas rigorosamente em valores e modelos específicos, com autores que julgaram o outro a luz de seus próprios referenciais.
Esta situação fez com que na história a diferença fosse transformada em hierarquia, onde o outro foi reduzido a um inferior, dado como selvagem não humano e etc.
Isso mostra a imposição de valores de um grupo sobre outros, visando o claro favorecimento daqueles que dominam, a velha lógica dos vencedores sobre os derrotados, seja no campo político, ideológico, social e outros.
Como se não bastasse a presença do etnocentrismo na história do Brasil, no sentido ideológico da busca dos excluídos o estudo do choque cultural entre indígenas e europeus, atende a crescente demanda pelo convívio com a diversidade.
O etnocentrismo com a expansão européia converteu os povos da áfrica e da America em selvagens. O indígena, no caso do continente americano, foi tratado como preguiçoso, sem fé, sem lei, sem rei.
Exatamente a desculpa que seria usada para impor os referenciais europeus, permitindo assim que os mesmos dizimassem populações nativas, impondo sua cultura e fazendo desaparecer até mesmo a língua de muitos desses povos.
O Brasil esteve desde o seu inicio marcado por uma serie de conceitos equivocados, repleto de afirmações etnocêntricas, onde o outro é sempre levado a um plano inferior.
Voltando mais no tempo e tomando como base a questão indígena, ao invés de abordar a chegada dos portugueses no Brasil como uma invasão e o genocídio de povos nativos, a historia adotou a palavra descobrimento, dando a entender a idéia de progresso.
Um caso mais atual é o de Pedro Álvares Cabral, onde colocou sua chegada ao Brasil como “achamento” da terra mesmo elas já sendo conhecidas e estando povoadas por nativos, que futuramente sofreram com o etnocídio.
Os marginalizados foram ganhando voz