etica pratica ricos e pobres
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Peter Singer Peter Singer inicia este capítulo pela definição de pobreza absoluta. Cita como exemplo a definição dada por Robert McNamara, ex-presidente do Banco Mundial, para quem a pobreza absoluta é caracterizada pela subnutrição, pelo analfabetismo, pelos ambientes miseráveis, pelo alto índice de mortalidade infantil e pela baixa expectativa de vida. Após a apresentação de alguns números estatísticos, dentre os quais destaca-se o percentual de 23% da população mundial que vive em condições de pobreza absoluta, o autor conclui este tópico afirmando ser muito provável que a miséria seja a principal responsável pelo sofrimento humano. Em contraste com a pobreza absoluta, Peter Singer analisa também a riqueza, o padrão de vida em países ricos, que retrata a desigual distribuição de bens e alimentos entre as nações mais e menos favorecidas. Singer tece comentários também sobre a riqueza absoluta, que define como sendo uma significativa quantidade de renda que fica acima do nível necessários para a satisfação das necessidades básicas que um ser humano tem para consigo e os seus dependentes. Após uma explanação geral sobre a pobreza e riqueza, Singer analisa o comportamento das pessoas frente a situação e questiona qual seria a diferença entre matar alguém e permitir que alguém morra. Singer enumera cinco fatores que poderiam explicar, sem, contudo, justificar, a diferença anteriormente descrita.
Singer reforça, dessa maneira, a ideia anteriormente defendida de que “a noção de ética traz consigo a ideia de alguma coisa maior que o individual” (SINGER, 2002, p. 18). Ou seja, esse utilitarismo das preferências defendido por Singer não é baseado no egoísmo do agente, pois a mera satisfação de interesses individuais não levaria à maximização do bem-estar geral (MAIA, 2004, p. 39). Reiterando, portanto, o que Singer (2002, p.19) defende: “atribuir aos interesses alheios o mesmo peso que atribuímos aos nossos”, pode-se inferir, inclusive, que se deve dar atenção para a