Etica em saude
Ética é a disciplina que trata do que é bom ou mau, do que é certo ou errado, do que é dever moral e obrigação. O extraordinário avanço da medicina técnica coloca inúmeros desafios éticos aos seus profissionais. Os primeiros códigos de ética médica remontam a Antiguidade, são os que devem nortear todas as decisões médicas, a saber: beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça. Beneficência significa fazer o bem. Significa, também, a busca pela melhoria contínua, a busca pela excelência em favor do paciente. A não-maleficência é a prevenção do dano, do prejuízo ao paciente, levado este principio as terapias cirúrgicas, aceita-se o dano menor das incisões para a obtenção de um objetivo maior, como a retirada de um tumor. A autonomia diz respeito à liberdade das pessoas de decidir sobre si, baseia-se no princípio de que cada ser humano tem um valor inerente e incondicional. É dever do médico respeitar a autonomia do seu paciente, assim como é seu dever informá-lo corretamente para que possa decidir sobre o que é de seu interesse. Justiça é a existência de um sistema legal que protege os direitos individuais dos pacientes, sendo o acesso a este um direito dos cidadãos. No consentimento informado, cabe ao profissional expor claramente ao paciente as características da sua doença, todas as possíveis opções de tratamento, bem como as chances de sucesso e os riscos de fracasso ou de complicações. Ao não fazê-lo, o médico estará infringindo a autonomia do paciente. Atualmente várias doenças incuráveis são objetos de possíveis terapias gênicas, como as doenças de Alzheimer, Coréia de Huntington, esclerose tuberosa, síndrome de Down e neurofibromatose. A possibilidade de diagnosticar a presença de doenças incuráveis num feto coloca casais e os profissionais da saúde diante do dilema de manter ou de interromper uma gravidez. Esse e outros dilemas éticos, em geral dramáticos para essas pessoas e suas famílias, assim como para os profissionais da saúde,