Ethos Mundial - Utilitarismo Social
Toda ética e toda moral têm que ver com práticas que querem ser eficazes. Em que medida geram maior felicidade e realização para o maior número possível de pessoas? Essa visão pragmática é fundamentalmente correta e deu origem a uma forte escola de ética chamada utilitarismo. Seus principais formuladores são: T. Hobbes, D. Hume, e especialmente: J. Bentham e S. Mill que lhe deram a arquitetônica sistêmica. Ela hoje está na base de muitas reformas sociais de cunho anglo-saxão.
Essa corrente possui subcorrentes que convergem e têm relevância para nosso tema.
1. Princípios do Ethos Utilitarista
Princípio da conseqüência ou teológico: o juízo moral deve ater-se às conseqüências que derivam das ações postas. Segundo o utilitarismo não existem ações em si mesmas lícitas ou ilícitas, boas ou más. Tudo depende das conseqüências a serem sempre calculadas.
Princípio de utilidade: as conseqüências devem ser úteis a realização do bem. Uma ação é boa ou má à medida que é conseqüência boa ou ruim de uma regra estabelecida. Esta regra deve ser construída por todos no sentido de cálculo de utilidade o mais geral possível e de produção de felicidade para o maior número possível.
Princípio do Hedonismo: o bem ganha uma realização ótima quando satisfaz necessidades e atende preferências humanas, portanto, na proporção em que produz prazer, alegria e felicidade (proporcionalismo). Trata-se de lograr proporções combinando o quantitativo com o qualitativo. O qualitativo tem preferência sobre o quantitativo.
Princípio Social: o cálculo deve ter uma perspectiva social, objetivando a felicidade do maior número possível de pessoas e seres vivos, como animais e plantas. Cabe reconhecer que neste cálculo, não está decidida a forma de distribuição, se equitativa ou discriminatória, quer dizer, não se expõe a questão da justiça distributiva.
2. Aplicação dos Princípios à globalização
Aplicando tais princípios a uma perspectiva