Estímulos sonoros do insconsciente
INTRODUÇÃO
Desde o momento em que comecei a fazer o curso de Formação em Psicanálise pela SBPH (Sociedade Brasileira de Psicanálise Holística), na cidade de São Paulo (SP), pude “amarrar” os conhecimentos da minha graduação em Música com a Psicanálise. Foram vários os módulos que proporcionaram um conhecimento dos fundamentos teóricos e filosóficos da Psicanálise. Em cada um desses módulos, vi aumentado meu interesse pela área humana, o que me levou a refletir sobre o que eu poderia fazer da união entre psicanálise e música. Foi a partir desta reflexão e de orientações do meu Professor de Psicanálise Marcos Oliveira que resolvi fazer uma nova graduação; a Musicoterapia. O objetivo deste estudo é investigar a influência de estímulos sonoros do inconsciente na resolução de traumas e bloqueios, a partir de autores da Psicanálise como Sigmund Freud, Wilhelm Reich, Sándor Ferenczi, Ernest Jones, Melanie Klein, Donald W. Winnicott, da Música Hector Berlioz, Franz Joseph Handy, Hugo Reimann, Shopenhauer, Shöenberg, Igor Stravinsky entre outros e da Musicoterapia Psicanalítica como Roland Benenzon, Edith Lecourt, Mary Prisley, entre outros. Acredito que a música toca nas profundezas da alma fazendo emergir para o consciente, informações recalcadas, importantes para o desenvolvimento do processo terapêutico, no que irá superar a censura verbal consciente e sua ligação íntima com a vida interior do ser humano. Essas afirmações justificam a importância de se conhecer o conceito de psicanálise, pois só assim, compreenderemos verdadeiramente os sons, ruídos e música que nos possam causar tantos conflitos. Portanto a música, com o seu poder mobilizador de atuar no inconsciente, irá facilitar o trabalho do Psicanalista. Quando as
sonoridades e a música são acionadas para uma leitura dos processos inconscientes, elas ampliam o repertório de possibilidade expressiva das pulsões. E é esta a função da música para a psicanálise: acionar sonoridades que,