Estética
Tendo por base o estudo de doutrinas e obras fun¬¬¬damentais de referência, serão especialmente consideradas, nesta disciplina de carácter introdutório, a evolução da concepção de Estética e a caracterização dos seus principais modelos: a) a metafísica do Belo; b) a poética da obra singular; c) a experiência sensível e sentimental do mundo; d) a filosofia da arte.
I. Platão: o belo como ideia
a. Caracterização da estética metafísica: o primado do ser como verdade; os prin¬cí-pios da unidade, or¬dem, harmonia e imutabili¬dade; o dualismo de visível e in¬visível. b. A desvalorização do plano da aisthèsis; a imagem co¬mo erro, simulacro e ilusão. Os ti¬pos de ac¬ti¬vidade mimética e a rejeição da arte como de¬gradação on¬to¬lógica. c. A hierarquização da sensibilidade o primado da visão e da audição. O amor ou o de¬sejo de um ser marcado pela privação. De uma antropologia mista a uma metafísica pu¬ra: o papel da dinâmica erótica no ca¬minho do "ho¬mem" até à alma. d. A ideia arquétipo como funda¬mento, modelo e critério da apreciação. Coincidência en¬tre con¬¬tem¬plação (estética) e saber (teorético). Geo¬metria e música, paradigmas do es¬tético.
2. Aristóteles: a poética da obra singular
a. Um novo paradigma mimético: a cooperação entre arte e natureza. Homologias entre a transitividade da actividade artística e a imanência do pro¬ces¬so natural. b. Uma teoria intrínseca da obra: a adequação entre forma e fim. Os critérios da uni¬da-de, totalidade e completude do composto. A analogia entre a tragédia e o ser vivo. c. A mimèsis como representação e a possibilidade de diferentes tipos de imitação. Do valor lógico da verdade ao princípio estético da verosimilhança. d. A catarsis: o apelo ao espectador como instância final da tragédia. Proximidade entre poética, psi¬cologia e moral. A objectividade do belo e a intelectualização do prazer.
3. Kant: a autonomia da experiência estética
a. O