Estágio
Monteiro Lobato
Conforme se pode observar, o contar histórias é muito importante na criação de imagens e de mundos. Nossa opção pelo conto de fadas explica-se por sua tendência ao fantástico, ao maravilhoso, ao simbólico numa tentativa de amenizar o panorama de violência da realidade atual. Os escritos de Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à educação das crianças. Na Antigüidade, Apuleio, um escritor e filósofo do século II d.C., escreveu um conto de fadas “Amor e Psyche”, uma história como A Bela e a Fera. Esse conto tem o mesmo padrão dos que se podem ainda encontrar, hoje em dia, na Noruega, na Suécia, na Rússia e em muitos outros países. Pode-se concluir que este tipo de conto de fadas (da mulher que redime seu amado da forma animal) existe praticamente inalterado há 2.000 anos. Mas há uma informação mais antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas colunas e papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois irmãos, Anúbis e Bata. Nossas tradições escritas data aproximadamente de 3.000 anos e os temas básicos não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas principais desses contos se reportam há 25.000 anos a.C., ainda assim, mantendo-se praticamente inalterados.
A HISTÓRIA DA ESTÓRIA
Dentre a miscelânea de contos infantis, optamos em trabalhar com uma representação teatral do "Conto a Dona Baratinha", cujo objetivo é o resgate do repertório de estórias folclóricas e populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de geração em geração, através dos familiares das crianças a elas, e incentivar o hábito de ouvir, e re-contar, através da rememoração, pois a arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da repetição. Autoria da história "Conto a Dona Baratinha" (autor desconhecido).
BECHARA