estudos
Dentro de uma visão utópica, Bookchin busca nessas comunidades primitivas um exemplo e um modelo para uma nova sociedade, em que a tecnologia estaria sempre a serviço do homem.
Para os ecomarxistas a visão da natureza para Marx é tida como estática, pois a considera apenas em virtude da ação transformadora do homem.
Essas sociedades primitivas eram consideradas por Marx como desenvolvimentos puramente locais da humanidade e como idolatria da natureza. Na sociedade capitalista, a natureza não é mais reconhecida como um poder mas como objeto de consumo ou meios de produção.
Segundo Gutelman, as forças produtivas naturais são fundamentais para a explicação do funcionamento das sociedades pré-capitalistas, mas também devem ser incorporadas na análise das capitalistas.
Skibberg afirma que a infra-estrutura não é composta somente pelas forças produtivas da natureza.
Moscovici destaca a importância dos trabalhos de juventude de Marx para o entendimento da relação homem/natureza. Suas ideias de base se dirigem a uma crítica à oposição entre o culturalismo e o naturalismo.
O culturalismo tem por princípio a ruptura entre a sociedade e a natureza. A sociedade teria todas as qualidades e a natureza todos os defeitos.
O naturalismo afirma a unidade entre a sociedade e a natureza. Para Moscovici, o naturalismo está em plena mutação, deixando de ser uma proteção ingênua do mundo natural para a afirmação de uma nova relação entre homem/natureza.
Esse novo naturalismo, segundo Moscovici, baseia-se em três ideias principais:
1ª - O homem produz o meio que o cerca e é ao mesmo tempo seu produto.
2ª - A natureza parte de nossa história.
3ª - a coletividade e o indivíduo não se relacionar com a natureza.
Esse novo naturalismo propõe uma sociedade para a qual a natureza é um lugar onde o homem pode desabrochar, uma realidade aberta que ele pode ajudar a desenvolver.
Nessa perspectiva, a