Estudos Sociais
Escola de Arquitetura
Estudos Sociais: Espaço e Sociedade
Professor Ronaldo
Aluno: Magno
Questões para análise dos textos de Benedict Anderson ("Comunidades Imaginadas") e Anthony Giddens ("As Consequências da Modernidade")
Belo Horizonte - 2012/1
Questões I e II Benedict Anderson trabalha com três bases históricas para definir a nação, uma comunidade imaginada. Segundo ele, "A primeira delas é a idéia de que uma determinada língua escrita oferecia um acesso privilegiado à verdade ontológica, justamente por ser uma parte indissociável dessa verdade." (p.69). Anderson descreve ao longo do texto que a língua fazia parte do sagrado. Pode-se dizer que havia certa arbitrariedade no uso da mesma, uma vez que era definida pelo Latim, por exemplo, e em textos religiosos, que seriam uma forma de acesso ao "ser divino". A língua sagrada era tida como muda, uma vez que não era domínio da maioria da população e poucas pessoas de fato falavam a língua. O autor fala (p. 41 e p.42) sobre a não arbitrariedade do signo, em que se pode fazer a relação de arbitrário como uma convenção estabelecida, ou "representações inventadas ao acaso"; enquanto que por outro lado a não arbitrariedade relaciona-se com emanações da realidade, do verbal, do que era de fato falado pelas comunidades. Essas três concepções, portanto, se resumem em: 1- Fim da crença de que as sociedades eram naturalmente organizadas ao redor de um monarca central, legitimado por um poder divino (fim dos domínios dinásticos); 2- O desenvolvimento de uma ideia de que os fatos, ainda que ocorridos em locais diferentes, podem ligar as pessoas que neles estão envolvidas, criando assim uma consciência de compartilhamento temporal na medida em que tudo coexiste; 3- Negação da existência de um texto sagrado que seja assumido como “a verdade”. Mudanças na religião propiciaram a crença de que o nacionalismo era uma solução para a questão da continuidade que