Estudos em grupo
Mirta Luisa Castedo
O dinheiro gasto com textos de leitura, escrita, ortografia e caligrafia pode ser utilizado para manter a classe equipada com uma rica variedade de recursos autênticos. Cada classe precisa ter sua própria biblioteca, ampliada por clubes de livros e trocas de livros, livros emprestados pela Biblioteca Municipal, coleções emprestadas temporariamente pela biblioteca da escola e livros escritos por alunos- utores, produzidos artesanalmente no centro de a a
publicações da classe.
Kenneth Goodman
inda hoje, após várias décadas de conscientização sobre a importância de contar com bibliotecas nas classes e nas escolas, é surpreendente notar que a sempre defendida demanda de alfabetização universal não seja sistematicamente acompanhada por uma constante demanda de instalação de bibliotecas em todas as classes ou, ao menos, em todas as escolas da região. E, mais ainda, quando se conta com o acervo necessário, o que fica faltando são mais programas sistemáticos e constantes que, contra uma lógica de livros únicos e leituras únicas, abram a aula para o universo das inúmeras leituras na diversidade de gêneros que acumulamos através de séculos de cultura escrita.
Aprende-se a ler, lendo é uma afirmação que se torna vazia de conteúdo por não contar com os materiais a serem lidos, essa coleção de documentos escritos que chamamos de bibliotecas. E, para ir um pouco mais além, também não é possível aprender a escrever, escrevendo sem uma intensa leitura de textos do mesmo gênero e sem livros de consulta ao redor do escritor, seja um pequeno escritor ou um grande especialista.
Assim como durante séculos a cena da leitura escolar foi a de um conjunto de crianças, cada uma com o mesmo livro nas mãos, cada uma em sua mesa esperando a indicação da professora para começar a ler, há décadas temos trabalhado para que o cenário da aula se transforme em uma biblioteca sob medida para a classe, onde um conjunto