Estudos Dirigidos 3
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
ESTUDOS DIRIGIDOS DE TEXTOS FILOSÓFICOS PARA O ENSINO DE FILOSOFIA I
Aluna: Gabriela Nogueira Ferreira
Turma: 24 A
Atividade: Trabalho Substitutivo
Leia a passagem abaixo:
“ESTRANGEIRO
- Então o movimento é o mesmo, e não o mesmo: é necessário convir nesse ponto sem nos afligirmos, pois, quando dizemos o mesmo e não o mesmo, não nos referimos às mesmas relações. Quando afirmamos que ele é o mesmo é porque, em si mesmo, ele participa do mesmo, e quando dizemos que ele não é o mesmo, é em consequência de sua comunidade com o “outro”, comunidade esta que o separa do “mesmo” e o torna não-mesmo, e sim outro; de sorte, neste caso, temos o direito de chamá-lo “não o mesmo”.
(...)
ESTRANGEIRO
— Retomemos, pois: o movimento é outro que não o "outro", assim como era outro que não o mesmo e que não o repouso?
TEETETO
— Necessariamente.
ESTRANGEIRO— Em certa relação ele não é, pois, o outro; e é outro de acordo com o nosso raciocínio de agora.
TEETETO
— É verdade.
ESTRANGEIRO
— Daí o que se segue? Iremos nós, afirmando-o outro que não os três primeiros, negar que seja outro que não o quarto, havendo concordado que os gêneros que estabelecemos e que nos propusemos examinar eram cinco?
TEETETO
— E o meio? Não podemos admitir um número menor que aquele que há pouco demonstramos?
ESTRANGEIRO
— É, pois, sem temor que sustentamos esta afirmação: o movimento é outro que não o ser.
TEETETO
— “Sim, sem sombra de escrúpulo.”
1 – Contextualize a passagem, isto é, explique o que aconteceu até agora no diálogo que levou os interlocutores a discutirem essas questões.
2 – Explique o argumento utilizado na passagem.
1.
O que leva a tese de discutir a questão é o esforço para tentar mostrar a inexistência do “não ser”, pois comprovada esta tese, não haveria a menor importância em descarta-la se o “não ser” não tiver nenhuma importância. Na Passagem, o Estrangeiro afirma, por três diferentes teses, a participação das