Estudos desenvolvidos por Walras
Walras estudou o problema de Cournot, a interdependência de todas as variáveis econômicas, mas chega à conclusão de que é impossível uma abordagem matemática, no campo empírico. Como o problema de Cournot era mais econométrico, Walras resolveu-o pela matemática pura. Walras mostrou três coisas:
i. Primeiro, que a interdependência entre todas as variáveis económicas é susceptível de um tratamento rigoroso matemático; ii. Segundo, que este mercado interdependente pode chegar ao equilíbrio geral; iii. Terceiro, que a livre concorrência é a força que leva o mercado ao equilíbrio.
1. Teorias do equilíbrio geral: Teia de Aranha
Walras construiu um modelo matemático para demonstrar a teoria do equilíbrio geral. Esta teoria é um conjunto de teoremas microeconômicos que procura explicar a produção, o consumo e os preços numa economia completa. O seu objetivo era formular um processo que levasse a inter-relação de todas as atividades econômicas. Este modelo não conseguia estudar todo o problema, devido a um fenômeno estranho, que se manifesta a nível global. Trata-se da moeda que não tem utilidade por si e é um ativo que não dá rendimento. O Equilíbrio Geral tenta compreender uma economia completa baseada em mercados e agentes individuais. No modelo matemático desenvolvido por Walras, "Teia de Aranha" ou "Diagrama do Fluxo Circular": os agentes individuais – empresas e famílias – tomam decisões de modo descentralizado, a partir das informações veiculadas pelos mercados com parâmetros considerados independentes dos próprios atos dos agentes e as suas escolhas de compra e venda de bens e serviços, constituem as forças que põem o sistema em movimento. As famílias e as empresas interagem nos mercados de bens e serviços (em que as famílias são compradoras e as empresas, vendedoras) e nos mercados de fatores de produção (em que as empresas são compradoras e as famílias, vendedoras). Ou seja, as famílias e os consumidores vão ao