Estudos da faculdade
Cana-de-Açúcar no Brasil
Antonio Dias Santiago
Embrapa Tabuleiros Costeiros santiago@cpatc.embrapa.br Walane Maria Pereira de Mello Ivo
Embrapa Tabuleiros Costeiros walane@cpatc.embrapa.br Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa
Universidade Federal de Alagoas/CECA gvsb@fapeal.br Raffaella Rosseto
APTA/Instituto Agronômico de Campinas raffaella@aptaregional.sp.gov.br 1. Introdução
Introduzida no Brasil pelos portugueses, a cana-de-açúcar torna-se, já no período colonial, uma das principais fontes de geração de recursos financeiros, pelo grande valor do açúcar no mercado internacional, tendo sua produção incentivada pela Coroa Portuguesa. O primeiro engenho de açúcar do Brasil foi construído na Capitania de São Vicente, em 1533, e o segundo em Olinda, no ano de
1535. Em meados do século XVI, já existiam 60 engenhos em funcionamento no país[1].
Hoje o país conta com 306 usinas, com uma produção de cana que supera 387 milhões de toneladas, o que faz do Brasil o maior produtor mundial desta cultura, com mais de 5 milhões de hectares cultivados. Na última safra de 2005/2006 foram fabricadas quase 26 milhões de toneladas de açúcar e 16 milhões de metros cúbicos de álcool. A produtividade agroindustrial teve nos últimos anos significativa evolução, com a média da produtividade do Centro-Sul oscilando entre 78 e 80 toneladas por hectare, em ciclos de cinco cortes. A qualidade desta matéria-prima, medida pela sacarose contida na planta, está entre 140 e 155 kg de açúcares totais por tonelada de cana[2].
Todo este quadro atual é resultado e inovações políticas, institucionais e científicas/tecnológicas, implementadas pelos setores público e privado e que serão apresentadas no decorrer deste trabalho, com o objetivo de compreendermos o que impulsionou a produção e a produtividade da cultura da
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cana-de-açúcar e de seus derivados, açúcar e álcool, no Brasil. Esta história levou o país a