Estudos da cultura africana nas Escolas
Nos últimos anos, o debate acerca da valorização das contribuições étnicas foi se expandindo do meio acadêmico para a sociedade civil. Tudo isso com a aprovação das leis afirmativas como a lei nº 10.639, de 2003 e a lei nº 11.645 de 2008 que estabeleceu a inclusão da História e da Cultura Africana e Indígenas respectivamente aos alunos dos níveis fundamentais e médios.
Neste trabalho o objeto de estudo será sobre os Estudos da Cultura Africana nas escolas, essa inclusão fora essencial e contribuirá bastante para a desconstrução de preconceitos fortemente impregnados no conteúdo escolar sobre africanos, assim consigamos desmistificar essa visão eurocêntrica que aprendemos desde criança.
De acordo com o raciocínio de Boris Fausto, de que conhecer a História e ser cidadão é “se orientar no mundo em que vive, a partir do conhecimento da vivência das gerações passadas. Estudar, pensar e refletir a História do Brasil é atos de Cidadania com a qual nós estamos comprometidos.”
Segundo MAGALHÃES reflete sobre a dimensão histórica do conceito de Cidadania e os PCN apontam para a necessidade de democratização dos direitos sociais, culturais e políticos, assim o objetivo do PCN é a formação de cidadãos críticos e cientes de que possuem identidades próprias.
Os parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) o conceito de Cidadania deve ser visto com historicidade, não existindo um só tipo de cidadão, mas sim modelos históricos e, portanto mutáveis.
A inserção da História e da cultura africana é a expansão dos direitos de grupos tradicionalmente marginalizados e que agora devem ter sua cultura e contribuição reconhecidas na construção do Brasil, ao mesmo tempo em que as especificidades desses grupos devam ser valorizadas como responsáveis por contribuições originais na formação da sociedade brasileira.
Com os estudos dos povos africanos nas Escolas, inseridos na sua dinâmica própria, evitaremos narrativas