Estudos culturais

O campo dos Estudos Culturais surge no Centre for Contemporary Cultural Studies (CCCS), na década de 1960. Os pesquisadores que integravam o grupo de pesquisa são Richard Hoggart (1918), Raymond Williams (1921-1988), Edward. Thompson (1924 – 1993) e Stuart Hall (1932). As relações entre a cultura contemporânea e a sociedade, suas formas culturais, instituições e práticas culturais, assim como suas relações com a sociedade e as mudanças sociais, vão compor o eixo principal de observação do CCCS.
Hoggart foca sua pesquisa na cultura popular, tratando também a vida cultural da classe trabalhadora. Williams demonstra o impacto cultural dos meios de comunicação de massa, ele também demonstra o pessimismo em relação à cultura popular e aos próprios meios de comunicação. Thompson influencia o desenvolvimento da história social britânica de dentro da tradição marxista. Apesar de não ser reconhecido como parte do trio fundador do Centro, Stuart Hall teve suma importância nos Estudos Culturais, pois incentivou o desenvolvimento da investigação de práticas de resistência de subculturas e de análises dos meios massivos, identificando seu papel central na direção da sociedade.
Dentro dos Estudos Culturais existem alguns deslocamentos necessários: O primeiro deslocamento dá-se na nova formulação do sentido de cultura. O segundo deslocamento trata a relação entre práticas culturais com o econômico, político e instâncias ideológicas. Já o terceiro deslocamento fala conceito de ideologia, proposto por Althusser. Esta é vista enquanto “provedora de estruturas de entendimento através das quais os homens interpretam, dão sentido, experienciam e ‘vivem’ as condições materiais nas quais eles próprios se encontram”. (Hall, 1980, p. 32).
Os contornos da atualidade podem ser classificados em três períodos: 1° momento (finais anos 50 e anos 60), foco na relação cultura e comunicação de massa. No final dos anos 60 a temática da recepção e o consumo midiático chamam a atenção de