Estudos Ambientais - Mesopotâmia
A arte mesopotâmica foi produzida por diversos povos que ocuparam a terra entre os rios
Tigre e Eufrates, de cerca de 3500-539 a.C.. Como o vale formado pelos rios era designado em grego, é menos conhecida do que a arte egípcia. Isso se deve, pelo menos em parte, a um acidente. Não havia pedreiras nesses vales, e a maioria dos edifícios tinha que ser construída com tijolos cozidos, que, no transcurso de tempo, se desintegravam e se convertiam em pó.
Até mesmo a escultura em pedra era relativamente rara. Mas essa não é a única explicação para o fato de, comparativamente, poucas das primeiras obras dessa arte terem chegado até nós. A principal razão consiste, provavelmente, em que esses povos não compartilhavam da crença religiosa dos egípcios de que o corpo humano e sua representação deviam ser preservados para que a alma sobrevivesse. Nos mais recuados tempos, na cidade de Ur, os reis ainda eram sepultados com toda a sua casa, incluindo escravos, par que não lhes faltasse um séquito no outro mundo. Foram descobertas sepulturas desse período, e podemos admirar alguns dos deuses domésticos desses antigos e bárbaros reis no British Museum. Vemos quanto refinamento e engenho artístico são de acompanhar a superstição e a crueldade primitivas. Encontrou-se, por exemplo, uma harpa num dos túmulos, decorada com animais fabulosos, mas é quase certo que hoje nos lembram as páginas de um livro infantil, possuíam uma significação muito solene e austera.
Embora os artistas da Mesopotâmia não fossem chamados a decorar as paredes dos túmulos, também tinham de assegurar, de um modo diferente, que a imagem ajudasse a manter vivos os poderosos. Desde os primeiros tempos, era costume dos reis mesopotâmicos encomendar monumentos para celebrar suas vitorias na guerra, os quais falavam das tribos derrotadas e dos despojos capturados.
Talvez a idéia subjacente nesses monumentos não fosse apenas conservar viva a memória dos triunfos. Nos primeiros