Estudodecaso
Segundo os estudos de Marx acerca da sociedade capitalista, a única relação social que os produtores têm entre si é a troca de suas mercadorias. A esse tipo de relação – onde as mediações são realizadas por coisas, e não por pessoas – ele dá o nome de fetichismo, e, como nesse caso a relação só existe graças às mercadorias, essa é denominada por Marx como fetichismo da mercadoria.
Marx analisa esse fenômeno social e afirma que, como os produtores só possuem esse tipo de relação, o que determina o valor das mercadorias é o próprio mercado, e não seus produtores. Isto é, o valor das mercadorias foge do controle de seus produtores, sendo determinado não apenas pelo seu valor de uso, mas também por todo o processo envolvido na produção da mercadoria. Isso acontece porque a produção acaba ocorrendo de acordo com a necessidade que a sociedade tem de deter o produto.
Marx defende que esse processo de elaboração de valores só deve deixar de acontecer a partir do momento em que os produtores tomem conhecimento dele, e passem a controlar a produção efetivamente. Porém, isso só ocorrerá quando a propriedade privada for extinta, sendo substituída pela propriedade coletiva.
Esse seria o quadro ideal para Marx, uma vez que a propriedade coletiva é um tipo de propriedade que se diferencia da privada por não pertencer a um único indivíduo, e sim a uma comunidade; e também se diferencia da propriedade pública, uma vez que não pertence ao Estado.
Marx acreditava que, com as propriedades coletivas, o valor das mercadorias seria determinado apenas pelo seu valor de uso, que diz respeito apenas a utilidade do produto em si, e deixando de lado seu valor de troca, que diz respeito a todo o processo do trabalho no