Estudo sobre a madeira
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O termo anatomia vem de "anatomé" que quer dizer dissecação, corte. A Anatomia da Madeira é o ramo da ciência botânica que se ocupa do estudo das variadas células que compõem o lenho, bem como sua organização, função e relação com a atividade biológica do vegetal. A anatomia constitui-se de elemento fundamental para qualquer emprego industrial que se pretenda destinar à madeira. O comportamento mecânico da madeira (secagem, colagem de peças, trabalhabilidade e outros), está intimamente associado a sua estrutura celular. Através da anatomia é possível diferenciar espécies, identificando corretamente a madeira. Inúmeros trabalhos já foram publicados em anatomia, nos últimos 300 anos, existindo vasta literatura sobre as mais variadas espécies. A Associação Internacional de Anatomistas da Madeira, IAWA, reúne pesquisadores do mundo todo que trabalham com anatomia publica um periódico específico com os mais recentes estudos nesta área. No Brasil, várias instituições de pesquisa dedicam-se a anatomia da madeira: IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo; LPF - Laboratório de Produtos Florestais, em Brasília; Museu Emílio Goeldi, em Belém e o INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus. Além destes, as universidades federais que mantém cursos de botânica ou engenharia florestal também possuem laboratórios destinados ao estudo anatômico do lenho. PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS As características da madeira que são capazes de impressionar os sentidos são conhecidas como propriedades organolépticas. Leia abaixo, uma breve descrição de cada uma delas: Cor - A cor da madeira deriva de substâncias químicas presentes no tronco. A intensidade da coloração varia do bege claro ao marrom escuro, quase preto. Existem ainda madeiras amarelas, avermelhadas e alaranjadas. A cor tende a alterar-se com o passar do tempo, escurecendo devido à oxidação causada principalmente pela luz. Odor - Característica importante na madeira e que tende a definir o seu uso.