Estudo sobre a cultura organizacional e as relações comunicacionais na empresa
O MODELO GMB João Bosco dos Santos INTRODUÇÃO
Inequivocamente, as empresas são uma das mais complexas e admiráveis instituições sociais que a criatividade e a engenhosidade humana construíram. Apesar de operarem em ambientes diversificados, submetidas às mais variadas pressões e contingências, que se modificam no tempo e no espaço, a elas reagem dentro de estratégias e comportamentos diferentes, atingindo resultados extremamente diversos.
As empresas, também denominadas organizações ou corporações, cumprindo o seu papel social, ou melhor, como organizações sociais, são o mais eficiente meio de satisfazer um grande número de necessidades humanas. Segundo a Teoria dos Sistemas – na qual evidenciou-se e se tornou indisfarçável a natureza sistêmica das organizações em geral, e das empresas em particular.– elas têm entre seus objetivos naturais proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da sociedade.[1]
Essa satisfação também se manifesta nas relações de trabalho. Srour observa que nos últimos tempos as relações de trabalho passaram por radicais mudanças: os trabalhadores deixaram de ser descartáveis e desqualificados (meras engrenagens das linhas de produção) para tornarem-se trabalhadores qualificados e polivalentes (profissionais organizados em ilhas de trabalho).
Na realidade ele pretende conscientizar-nos de que o modelo taylorista-fordista da gestão dos processos de trabalho, fragmentado em tarefas repetitivas e simplificadas, perdeu o fôlego, na medida em que, no seio das organizações, ao operário padrão clássico – indistinto em seu macacão sujo, oprimido e discriminado – se contrapôs um novo tipo de profissional, escolarizado e capacitado, portador de qualificações técnicas sujeitas à permanente reciclagem.[2]
Daí, o surgimento de uma nova cultura organizacional, onde novos pactos organizacionais se inserem de forma ostensiva e em que novas formas de