Estudo do turismo

Inúmeros estudos foram realizados sobre o turismo, que vem se tornado com o tempo, uma prática social alargada, figurando hoje como tema de um vasto número de publicações especializadas, ancoradas nas mais diversas perspectivas. Mas nem sempre foi assim. Há 40 anos alguns cientistas ousaram a abordar o tema, que, até agora, não possui nenhum prestígio acadêmico. Para a antropologia o tema turismo sempre pareceu sem importância, sem relevância e sem valor científico.
A maior parte dos estudos do turismo tem seu foco voltado, principalmente, para os impactos na cultura, nos processos de aculturação e a questão de autenticidade. Nos países subdesenvolvidos, seus impactos nas culturas locais são discutidos e relativizados em função de outros fatores de aculturação. A economia gerada a partir da indústria do turismo tende a alavancar e trazer benefícios como o crescimento econômicos e a movimentação de capitais. O turismo consiste no deslocamento de pessoas que, por diversas motivações, deixam temporariamente seu lugar de residência, visitando outros, utilizando uma série de equipamentos e serviços especialmente implementados para esse tipo de visitação. Uma indústria do turismo, voltada à suprir as necessidades e anseios daqueles que se dispõe a pagar pela atividade. Se, de um lado, essa atividade trouxe benefícios econômicos para os participantes deste negócio turísticos, os resultados para as comunidades envolvidas, não estão muitos claros. Isso tem se mostrados nos fatores de desmatamento das florestas, bem como em desvios de rios ou construções inadequadas que prejudicam a fauna e a flora. O turismo em massa evidencia a fragilidade da atividade e deixa uma marca por onde anda e que muitas vezes não se cicatriza.
Os estudos de antropologia estão, na atualidade, preocupados com os impactos de certas formas de turismo, especialmente o cultural e o étnico, e com a descaracterização e comercialização das culturas que estes provocam. O turismo em massa,