Estudo Dirigido 2
1- Os vermes adultos da enterobíase vivem no intestino grosso, onde após a cópula o macho é eliminado. As fêmeas fecundadas não fazem oviposição no intestino e têm seu útero abarrotado com aproximadamente 11.000 ovos. O parasito se desprende do ceco e vai para a região anal e perianal, onde libera os ovos. Ao serem ingeridos, os ovos sofrem a ação do suco gástrico e duodenal, libertando as larvas que se dirigem ao ceco, onde se fixam e evoluem até o estágio adulto. O ciclo dura de 30 a 50 dias.
2- Esta doença é mais comum em crianças e possui altos índices nos EUA, Brasil e India, sua transmissão é de forma direta, de pessoa para pessoa. Sua mensuração é difícil pois a maioria dos inquéritos epidemiológica não utiliza a metodologia adequada para o diagnóstico dessa parasitose. Raramente a infecção é fatal, sendo que a sua morbidade é correlacionada com as infecções secundárias.
3- O parasito atua sobre a mucosa intestinal , onde causa um processo inflamatório, mas não há comprometimento anatômico pois não há penetração na mucosa. A migração dos parasitos adultos pela pele a diferentes locais pode desencadear uma reação inflamatória local, agravando-se por lesões traumáticas e infecções secundárias. O sintoma mais comum da enterobiase é o prurido anal, maior durante a noite devido à movimentação do parasito pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia. É comum aparecerem náuseas, vômitos, dores abdominais, tenesmo e evacuações sanguinolentas. Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando prurido vulvar, corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário e até excitação sexual.
4- Não se pode usar a técnica de demostração de ovos por que as femeas não fazem oviposição no intestino, usa-se então, a técnica dos “swabs anais” (ou fita de celofane adesiva e transparente), onde a outra técnica não habitual descrita