Estudo de casos
Extraído de Maximiano, Antonio César Amaru (2004) Fundamentos de Administração, Editora Atlas, São Paulo.
Valéria Santana é estudante de engenharia e começou a fazer estágio em uma fábrica de elevadores. Trabalhando pela primeira vez dentro de uma linha de montagem, ela está admirada com a simplicidade e eficiência dessa idéia. A empresa fabrica dois modelos de elevadores: o Padrão (produto seriado) e o Premium (feito sob encomenda). Os dois modelos usam os mesmos componentes e a mesma linha de produção. No final, os elevadores do modelo Premium são separados, para receber uma montagem específica. A produção é dividida entre células, que são grupos de trabalhadores especializados. Cada célula é responsável por uma parte do elevador: corte de chapas de aço, fabricação de portas e cabinas, montagem de motores e controles e assim por diante. Cada célula recebe seus componentes do almoxarifado e envia seus produtos para a linha de produção, onde os elevadores são finalmente montados. Há poucos gerentes e os grupos não têm chefes. A empresa aplica uma filosofia de autogestão e cada grupo é responsável por sua administração. Tudo isso deve funcionar de forma coordenada e em sincronia. Qualquer falha provoca atrasos, prejudicando as encomendas e os cronogramas dos clientes. Valéria está aprendendo a lidar, na prática com idéias e técnicas que conhecia apenas na teoria: planejamento e controle da produção, especialização dos trabalhadores, qualidade total, otimização de recursos, padronização de componentes. Valéria de vez em quando fica pensando que essas idéias não caíram do céu. Alguém as inventou. Quem teria sido? Um colega do curso de engenharia lhe disse que, em sua maioria, foram inventadas pelos administradores das fábricas do início da Revolução Industrial, na Inglaterra durante o século XVIII. Apenas a autogestão é uma invenção do século XX. Foram os japoneses que começaram a usar essa