Estudo de caso
O presidente e fundador da Microsoft, William H. Gates, tem recebido vários apelidos pelo mundo afora: garoto mágico, vendedor de idéias, cortador de gargantas, figura cult da informática, capitalista bem-sucedido e o homem mais rico dos Estados
Unidos. Enquanto muita gente se preocupa com isso, Gates tem trabalhado muito, tornando a sua empresa a mais importante força na indústria de computadores do mundo. Esse aluno desatento da Harvard deixou a escola para associar-se a Paul
Allen e formar a Microsoft. Para ele, o negócio não era produzir computadores, mas programas. Quando Gates iniciou, em 1978, a Microsoft tinha apenas 13 empregados e vendeu um milhão de dólares de software. Em 1992, empregava mais de 11.800 pessoas no mundo todo, vendendo 2.760 bilhões de dólares de software em 39 línguas diferentes. A Microsoft tornou-se uma empresa de um incrível dinamismo, liderando na criação de ferramentas para os mortais que precisam de microcomputadores, enquanto as outras empresas seguem atrás em seu rastro.
A Microsoft vale hoje mais de 150 bilhões de dólares, detém metade do mercado mundial de programas para PC e não existe um único concorrente que ameace sua posição. Pelo contrário, a Microsoft é quem avança avidamente sobre os espaços ocupados por outras companhias.
Gates conquistou uma impressionante fortuna superior a 7 bilhões de dólares, antes dos 41 anos de idade e em pouco mais de 15 anos de trabalho, por antever as potencialidades do computador pessoal. Gates tem sido um oportunista brilhante.
Seu primeiro golpe de sorte ocorreu em 1981, quando a IBM cometeu um dos maiores erros empresariais dos tempos modernos: a companhia deixou de produzir o sistema operacional o MS-DOS para o seu computador pessoal, o Pc. Em vez disso, deixou à Microsoft os direitos exclusivos desse software, que contém as instruções básicas do computador. Isso representava uma máquina de fazer dinheiro. A medida que os