estudo de caso
O câncer de colo de útero representa uma das neoplasias mais frequentes no sexo feminino, especialmente, nos países em desenvolvimento, com significativas taxas de mortalidade e constituindo um verdadeiro problema de Saúde Pública. A descoberta de cânceres iniciais e de condições pré-cancerosas é de grande importância, pois, torna-se evidente que grande parte dos tumores invasivos é curada pela ressecção precoce e pelo tratamento eficaz; mais importante, ainda, é que muitas pacientes com condições pré-cancerosas têm essas lesões erradicadas, oportunamente, por um tratamento adequado. Essa melhora dramática é explicada em grande parte pela eficácia do teste citológico de papanicolau na detecção de pré-cânceres cervicais e ao fácil acesso ao colo uterino para colposcopia e biópsia. A doença se inicia em idade precoce e tem evolução lenta, estimando-se que o tempo entre a lesão inicial e a fase clinicamente detectável é de 15,6 anos.
O carcinoma invasor do colo uterino é quase sempre assintomático nas formas inicial e pré-invasiva, com episódios de perda de sangue ao coito. Define-se carcinoma micro invasor aquele que invade o estroma de forma precoce, originando-se ao nível da junção escamo-colunar, no canal endocervical ou no orifício externo cervical. A evolução das lesões precursoras (NIC II / III; SIL-alto grau) para o carcinoma é de 20 anos aproximadamente. O prognóstico depende da presença de metástase glanglionares. Nas fases de invasão franca, a perda de sangue induzida ou espontânea é o sinal mais sugestivo e o corrimento aquoso, fétido, comumente de cor rósea é constante13. Com relação aos agentes sexualmente transmissíveis, o HPV é considerado, atualmente, um importante fator na oncogênese cervical, porém outros carcinogêneos, o estado imunológico do indivíduo, a nutrição e inúmeros outros fatores ditam se a infecção pelo HPV continua subclínica, transforma-se em um pré-câncer ou acaba progredindo para um câncer.
No diagnóstico do