Estudo de caso
MAPG, feminina, 49 anos, casada, aposentada, procurou o Nutricentro em março de 2003 por necessitar emagrecer devido a quadro de hipertensão arterial associado à obesidade mórbida e degeneração cerebelar, sem fisiopatologia conhecida.
Na ocasião da primeira consulta realizada, a paciente apresentava 103,4 quilos, 153 centímetros de altura, 109 centímetros de cintura, 147 centímetros de quadril e IMC de 44,17 kg/m2.
Na anamnese constava que a paciente começou a ganhar peso após sua última gestação, por volta de 30 anos de idade, e apresentou quadro de degeneração cerebelar aos 31 anos, desde então a doença tem progredido e comprometido sua capacidade motora, especialmente sua deambulação, sendo muitas vezes difícil mensurar suas medidas antropométricas.
Existe histórico familiar de obesidade por parte de pai e avó materna, pai e mãe hipertensos, avó materna com doença cardiovascular e irmã com degeneração cerebelar.
Seus exames bioquímicos, datados de janeiro de 2003, apresentavam os seguintes valores:
|Colesterol Total (mg/dl) |191 |
|HDL- c (mg/dl) |- |
|Triglicérides (mg/dl) |44 |
|Glicemia (jejum) (mg/dl |76 |
O cálculo de sua necessidade energética foi realizado considerando fator atividade= 1,0 (sedentário), tendo como resultado: 1868 calorias (- 2 DP).
Peso ideal da paciente: 58 kg
FISIOPATOLOGIA
OBESIDADE:
A fisiologia da obesidade ainda não está completamente esclarecida e os últimos avanços vêm ocorrendo no campo da biologia molecular, que muito tem auxiliado na elucidação desta doença (Escrivão et al.,2000).
As pesquisas, neste sentido, geralmente seguem duas linhas de abordagem que são complementares: uma linha fisiológica-bioquímica em que se focam as variações ocorridas no balanço energético e outra mais recente, da biologia molecular, que