Estudo de caso Úlcera perfurada
A apendicite aguda é a afecção que causa a inflamação do apêndice. É o procedimento de emergência cirúrgica mais habitual em nosso contexto, ela é responsável por. O diagnóstico, como também, a intervenção cirúrgica precoce influem diretamente no prognóstico desta patologia. A abordagem cirúrgica vai gradativamente tornando-se mais complexa, especialmente após as primeiras 48 horas. O quadro se intensifica a partir do terceiro dia de evolução do quadro, as complicações passam a exercer um impacto cada vez maior na forma do tratamento e, de uma apendicectomia simples, realizada na maioria dos casos de evolução precoce, essa enfermidade, nas suas formas mais graves, pode exigir abordagens escalonadas com drenagens percutâneas e até extensas laparotomias com ressecção do cólon direito e reintervenções para tratamento de peritonite generalizada associada. A mortalidade geral, nas pesquisas feitas nos EUA, repousa abaixo de 1%, chegando a 3% nos casos de perfuração e atingindo até 15% quando a perfuração ocorre em pacientes idosos.
2. HISTÓRICO
Leonardo da Vinci já demonstrava seu conhecimento da anatomia do apêndice, em seus desenhos, em 1492. Da mesma maneira, meio século depois, Andreas Vesalius também o revelou. Em 1711, foi verificado e relatado o primeiro caso de apendicite, quando o cirurgião e anatomista alemão Lorenz Heister, com detalhes descreveu um caso de apendicite aguda como achado de necropsia. A primeira apendicectomia foi realizada em 1735, e relatada por Claudius Amyand, sargento cirurgião inglês, que operou um paciente de onze anos de idade, portador de hérnia inguinal. Ele encontrou um apêndice perfurado dentro do saco herniário e removendo o apêndice, após ligar a sua base, reestabeleceu o quadro do paciente. O achado de um apêndice inflamado dentro do saco numa hérnia inguinal é, em sua homenagem, conhecido como hérnia de Amyand. Somente 150 anos depois, no início da era anestésica e à luz dos conhecimentos da