Estudo de caso transplante renal
Os programas de transplantes de órgãos tiveram início no final da década de 1940, em Paris, Londres, Edimburgo e Boston. O primeiro transplante renal documentado ocorreu em 1933 pelo Dr. Voronoy. No entanto, só em 1954, foi realizado o primeiro transplante renal com sucesso, por Joseph Murray, na cidade de Boston, com gêmeos idênticos. Em 1962, houve o primeiro transplante bem sucedido feito com um doador cadáver. Isto só foi possível devido ao desenvolvimento de novas drogas imunossupressoras. (CINTRA el al 2005).
O doador pode ser vivo ou cadáver. Quanto aos doadores vivos, a legislação aceita doação de cônjuges ou parentes de até quarto grau, outros possíveis doadores necessitarão de autorização judiciária. Em relação aos doadores cadáveres, é necessário o diagnóstico de morte encefálica por médico que não pertença à equipe envolvida no transplante. (SALOMÃO FILHO et al 2002)
No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM N° 1.480/97, devendo ser registrado, em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica, descrevendo os elementos do exame neurológico que demonstram ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar. Para constatação do diagnóstico de morte encefálica, Inicialmente, necessário certificar-se de que o paciente tenha identificação e registro hospitalar; a causa do coma seja conhecida e estabelecida; o paciente não esteja hipotérmico; o paciente não esteja usando drogas depressoras do Sistema Nervoso; o paciente não esteja em hipotensão arterial. Após essas certificações, o paciente deve ser submetido a dois exames neurológicos que avaliam a integridade do tronco cerebral. (SOUZA & MOZACHI, 2005).
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos.
Os transplantes renais tornaram-se o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes com doença renal em estágio terminal. Pois se