Estudo de caso Et
Esquema contava com a venda de notas fiscais eletrônicas, aponta polícia. Operação Mercúrio cumpriu mandados em Cascavel, Guaíra e Toledo (PR).
Dois contadores foram presos na manhã desta quarta-feira suspeitos de participarem de um esquema de ‘legalização de mercadorias contrabandeadas’. Segundo a polícia, os profissionais trabalham em um cartório de Cascavel, no oeste do Paraná, e as investigações apontam que eles vendiam notas fiscais de clientes para contrabandistas. As mercadorias vindas do Paraguai eram distribuídas para vários estados do país.
No total, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e quatro de prisões em Cascavel, Guaíra e Toledo. A ação foi descoberta depois de um empresário procurar a polícia dizendo desconfiar de notas que estavam sendo emitidas listando produtos que ele não teria comercializado. Entre as mercadorias 'legalizadas' pelo esquema estão cigarros, varas de pescar e medicamentos. Os suspeitos foram presos preventivamente por estelionato e responderão por crimes contra as ordens tributária e econômica.
O prejuízo total ainda não foi contabilizado, mas o total de notas emitidas pelo grupo passa de R$ 35 milhões. Segundo o delegado operacional Edgar Santana as investigações tiveram início em agosto de 2013 quando a polícia identificou a atuação de falsos oficiais de justiça que estavam aplicando golpes na região para roubar carros de proprietários com parcelas de financiamentos atrasadas.
“Aprofundando as investigações, conseguimos constatar que um dos suspeitos de envolvimento no caso de estelionato estava aplicando golpes em estabelecimentos comerciais da cidade. Ele atuava juntamente com os dois contadores, que são irmãos. O grupo, de posse de dados de algumas empresas, emitia notas fiscais eletrônicas para legalizar a importação ilegal de equipamentos oriundos do Paraguai”, explicou ao apontar que aos menos seis empresas