Estudo De Caso Disney Paris
Lark Borden, USA Today – Junho 2002
Em Marne-La-Valle (França)
Faz dez anos desde que Mickey Mouse se instalou na filial européia da Disney, como parte daquilo que parecia ser o sonho de todo roedor - morar na capital da produção de queijo, cerca de 50 quilômetros a leste de Paris.
O sucesso do projeto, que foi chamado de Euro Disney, não parecia ser mais que inevitável.Mas os problemas enfrentados antes da abertura do parque, incluindo a tradicional resistência representada pelo patrulhamento cultural francês, acabaram evoluindo para pequenos transtornos.
No dia da abertura, em abril de 1992, motoristas de caminhão - em um gesto de solidariedade com os fazendeiros da área - bloquearam as estradas que levam ao parque. Um gerador de energia elétrica para o complexo foi sabotado, causando apagões em partes do complexo. Ativistas do Partido Comunista e militantes libertários se juntaram aos fazendeiros para realizar protestos contra a inauguração daquilo que consideravam uma invasão de uma rica terra agrícola.
Mesmo assim, o maior dilema foi a abertura de um caro parque temático durante a prolongada recessão que se seguiu à Guerra do Golfo Pérsico. Mas a Disney - exatamente por ser a Disney - transformou a ratoeira em que parecia haver se metido em uma história de Cinderela, e o castelo do Mickey na área suburbana de Paris atrai atualmente cerca de 12 milhões de visitantes por ano.
Para que o parque temático se transformasse no destino número um dos europeus em férias foi necessário que se trocasse o administrador do projeto; que o serviço de trem Eurostar, que passa sob o Canal da Mancha, começasse a funcionar; que os preços fossem reestruturados e que se mudasse a política relativa à venda de bebidas alcoólicas e às regras relativas ao vestuário dos funcionários.
E, no seu décimo aniversário, um segundo parque temático foi aberto, tendo feito muito sucesso, até mesmo entre os franceses. Na abertura