Estudo de caso de insuficiencia renal cronica
Como sua instalação é lenta, o organismo consegue adaptar-se até fases bem tardias da insuficiência renal crônica. Portanto, trata-se de uma doença silenciosa.
Muitas pessoas acham que podem identificar um rim doente pela dor ou pela diminuição do volume de urina. Nada mais falso.
O rim apresenta pouca inervação para dor e por isso só dói quando está inflamado ou dilatado. Como na maioria dos casos de insuficiência renal crônica nem um nem outro ocorrem, o paciente pode muito bem precisar de diálise sem sequer ter sentido uma única dorzinha nos rins.
A quantidade de urina também não é bom indicador. Ao contrário da insuficiência renal aguda(IRA) (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA | Sintomas e tratamento) onde a oligúria (redução da urina) é fator quase sempre presente, na insuficiência renal crônica, como a perda de função é lenta, o rim adapta-se bem e a capacidade de eliminar água mantém-se até fases bem avançadas da doença. Na verdade, a maioria dos pacientes que entram em diálise ainda urinam pelo menos 1 litro por dia.
Então, quais são os sintomas da insuficiência renal crônica?
Na maioria dos casos, até fases bem avançadas da doença, a resposta é nenhum.
Se não há sintomas, como fazemos o diagnóstico precoce? Através de exames laboratoriais.
Duas análises são de extrema importância para o diagnóstico:
- Dosagem da creatinina e da ureia no sangue (leia: CREATININA e URÉIA | O que são e como indicam doença dos rins)
- Análises de urina (leia: ENTENDA SEU EXAME DE URINA)
A partir dessas 2 análises, conseguimos identificar aqueles com insuficiência renal em fases iniciais e, portanto, assintomáticos. Sem esses exames é impossível saber como anda a sua função