Estudo de Caso: Calar ou Entregar?
Tomar uma decisão é um processo difícil que deve ser cuidadosamente formulado, seja ela em qualquer área de nossa vida pessoal ou profissional. No Estudo do Caso “Calar... ou entregar” constatamos a dúvida e insegurança de Alberto, que não sabe se denuncia ou não o seu Chefe e amigo Larapidus, superior este que está fraudando a empresa em que trabalham. Para tomar uma decisão, o subordinado enfrentará um complexo sistema de componentes correlacionados como ética profissional, valores pessoais, amizade com Larapidus, insegurança (medo de ficar desempregado), entre outros. Trata-se de um processo sistêmico, paradoxal e contextual (MORITZ & PEREIRA, 2006): Alberto não tem conseguido dormir, já que tem vontade de levar as falcatruas de seu superior ao conhecimento da Diretoria, mas por outro lado sente-se inseguro, pois teme ser demitido num momento de grandes necessidades financeiras (recém-casado, esposa grávida, faculdade particular), além tem uma dívida de gratidão com Larapidus por toda a contribuição que este lhe deu em vários momentos de sua vida: além de tudo, Larapidus é seu amigo!
Para a tomada de uma decisão é importante destacarmos que Alberto tem provas das fraudes de seu chefe, o que é de extrema valia, pois uma informação confiável, de qualidade, é um instrumento que muito contribui para a escolha de uma melhor decisão. Podemos também considerar que o subordinado usou algumas das etapas do Modelo Racional de Decisão de Uris (1989), analisando e identificando a situação (os desfalques de seu chefe), desenvolvendo alternativas (denunciar ou calar), comparando alternativas e classificando os riscos de cada alternativa (denunciando, terá uma consciência tranqüila, mas emprego e amizade ameaçados; mantendo-se calado, terá consciência pesada, emprego e amizade garantidos). A idéia defendida pelos estudiosos de que a lógica de decisão de uma pessoa é influenciada pelo seu presente e pelo seu passado (MORITZ &