Estudo de caso aplicado à tecnologia da informação
David Ricardo teve como principal obra os "Princípios da Economia Política e da Tributação", cuja principal contribuição econômica foi baseada na teoria da distribuição do excedente entre as diversas classes sociais. Seus propósitos mais valiosos eram a teoria do valor e a teoria da repartição. A primeira assume que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho nela incorporado e a segunda estudava as leis que regulamentam a divisão do produto considerando a existência de três classes sociais, os latifundiários, os operários e os capitalistas. No conflito de classes tomou a posição dos capitalistas. Deu ainda atenção especial à teoria das vantagens comparativas, segundo a qual, os países deveriam se especializar na produção do que estão mais aptos a fazer e em seguida trocar suas mercadorias para que todos aumentassem seus benefícios.
Ricardo foi o primeiro economista a argumentar coerentemente que o livre comércio internacional poderia beneficiar dois países, mesmo que um deles produzisse todas as mercadorias comercializadas mais eficientemente do que o outro. Também foi um dos primeiros economistas a argumentar que, como o capital era relativamente imóvel entre as nações, era preciso elaborar uma teoria separada do comércio internacional, diferenciado do comércio interno do país.
Ricardo argumentava que um país não precisa ter uma vantagem absoluta na produção de qualquer mercadoria, para que o comércio internacional entre ele e outro país seja mutuamente benéfico. Vantagem absoluta significava maior eficiência de produção ou o uso de menos trabalho na produção. Dois países poderiam beneficiar-se com o comércio, se cada um tivesse uma vantagem relativa na produção. Vantagem relativa significava, simplesmente, que a razão entre o trabalho incorporado às duas mercadorias diferia entre os dois países, de modo que cada um deles poderia ter, pelo menos, uma mercadoria na qual a quantidade relativa de trabalho