Estudo da língua

8596 palavras 35 páginas
Até poucos anos atrás, a Espanha era considerada um país exemplar na Europa. Com sua economia dinâmica, seus projetos arquitetônicos notáveis e seus criativos circuitos de arte e cinema, a nação era bem vista no exterior. Os anos sombrios sob a ditadura de Francisco Franco pareciam quase esquecidos.
A morte do general, em 1975, pôs fim à letargia política que dominou o país durante longo tempo, possibilitando uma mudança democrática. Com o ingresso na Comunidade Europeia, em 1986, a Espanha retomou sua prosperidade econômica. Ou seja, o país parecia ter um futuro promissor.
Prédios às moscas: fruto da bolha imobiliária
Prédios às moscas: fruto da bolha imobiliária
No entanto, em 2007, o sonho acabaria. Em meio à crise financeira internacional, a bolha imobiliária estourou e a Espanha foi arrastada para uma crise econômica. Milhares de empresas faliram e o sistema bancário do país foi abalado. As ruínas das obras em construção que se alastram por quilômetros na costa espanhola testemunham que o país viveu de dinheiro que não tinha.
Junto com a Grécia, a Espanha se tornou um problema na União Europeia (UE). O desemprego em fins de 2012 chegou a 26%. Seis milhões de espanhóis, ou seja, um quarto da população economicamente ativa, estavam sem trabalho. Entre os jovens abaixo de 25 anos, esse índice atingiu 52%.
Na virada do ano, a dívida pública somava, segundo o Banco Central espanhol, 884 bilhões de euros, o que corresponde a aproximadamente 84% do PIB espanhol. Na verdade, na União Europeia o limite máximo é 60%.
Demissões mais rápidas, alta de impostos
Quando a quarta maior economia da zona do euro fracassa ao tentar gerenciar sua dívida, cresce o medo de que se perca o controle sobre a crise. Como a economia espanhola representa mais que o dobro do desempenho da Irlanda, da Grécia e de Portugal juntos, a União Europeia teme que seus fundos de resgate possam não dar conta.
Por isso, o governo em Madri implementa há meses medidas drásticas de austeridade,

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