Estudo clínico de parto
Existem alguns aspectos, além daqueles que a gente viu no primeiro momento, que devem ser estudados e analisados para que se possa prestar uma boa assistência ao parto. Desses aspectos, um que é fundamental é o mecanismo do parto.
Para que o parto ocorra em condições ideais, ou seja, para que o parto possa se processar por via vaginal, você vai precisar ter em conta dois aspectos: a proporcionalidade entre o concepto e a bacia, porque se a bacia é pequena, menor que o bebê, ela não vai se prestar para o parto, como também se o bebê for grande ele não vai acontecer; e o segundo aspecto é a perfeita sincronia entre a contração do útero, que faz dilatar o colo e depois impulsiona o bebê pelo canal de parto e a forma como esse feto vai proceder alguns movimentos passivos enquanto passa pelo canal de parto. Se isso, em algum momento, não se processa sincronicamente, também o parto não acontece.
Nós vimos que o parto pode ser normal – eutócico ou pode apresentar distorções e ser distócico, exigindo um outro caminho para que o parto aconteça. Ou seja, bacias que tenham diâmetros, pontos de estrangulamento menores dos que os que estão aqui apresentados são inapropriadas para o parto. Podemos fazer algumas mensurações, como essa, através do toque, e ter valores para essas dimensões da bacia, que vão nos dizer se existe ou não proporcionalidade. O sincronismo de que eu falo é: a contração está levando ao apagamento, à dilatação e empurrando o concepto pelo canal de parto para ele nascer. Quando isso não acontece de forma sincrônica, o parto não vai se processar por via vaginal.
O parto se divide em três fases ou períodos: uma fase em que o colo se dilata, uma fase em que o bebê é expulso, uma terceira fase em que as partes fetais são eliminadas, e, há algum tempo, os tratadistas resolveram inserir o quarto período, não que ele tenha relação direta com o parto, não que se processe contração e