estudar radio jornalismo na era digital
O radiojornalismo tem características marcantes em relação aos demais meios de comunicação de massa. Além disso, possui também especificidades marcantes em suas diversas formas e estilos. Essas características individuais exigem novas formas e metodologias para pensar e analisar o meio e o fazer jornalístico nesse campo de atuação. Hoje estudar o rádio e o radiojornalismo não se restringe – e não poderia sê-lo – ao próprio veículo de comunicação. O rádio deve ser compreendido a partir do universo comunicacional em que se insere e das relações e interferências que cada um dos elementos exerce sobre o outro. Tomemos por exemplo o rádio all news. Há uma tendência, à potencialização da informação no rádio e ao surgimento de emissoras 100% notícias. A cada dia mais os sujeitos se informam pelo rádio, aproveitando suas características centrais, como o imediatismo, a proximidade e a mobilidade. Por divulgar e produzir notícias 24 horas por dia esse tipo de emissora precisa ser observada à luz do jornalismo e do ambiente em que se encontra: a era digital. Isso porque o fazer jornalístico atual tem passado por mudanças e reconfigurações, muitas derivadas das demandas criadas pela era digital.
No rádio, estratégias discursivas e de apuração se complementam e buscam, muitas vezes, sua origem em outros meios de comunicação, como a mídia impressa, televisiva e online. O modelo que denominaremos aqui como tradicional no fazer jornalístico radiofônico diz respeito à cobertura ao vivo, classificada por Ortriwano (1985) como de “natureza substantiva”. “O jornalismo de natureza substantiva encontra sua manifestação máxima na emissão direta, cumprindo na íntegra uma das características básicas da mensagem radiofônica: o imediatismo” (ORTRIWANO, 1985, p. 97). O advento de tecnologias variadas auxiliou o radiojornalismo, em distintos momentos, a ampliar a sua presença no palco dos acontecimentos. A presença das