Digitalização
O presente artigo resume as conclusões de uma pesquisa que teve como finalidade estudar o impacto que está sofrendo o conjunto das indústrias culturais diante do surgimento das novas redes digitais. A análise pôs a lupa na produção, distribuição, armazenamento e consumo tanto das indústrias mais criativas (cinema, discografia, livros) quanto dos meios massivos de comunicação (imprensa, rádio e televisão); também, na análise desses setores tradicionais das indústrias culturais, se adicionou o exame dos videogames, um setor-piloto da media interativa
DIGITALIZAÇÃO NO SETOR DA COMUNICAÇÃO (Jornais e Rádios)
A digitalização implica as tecnologias relacionadas com os conteúdos editoriais trabalhados pelos media tradicionais, como a imprensa, rádio e televisão, e pelas publicações eletrônicas on-line. Se conteúdos editoriais significam atividades distintas como jornalismo, entretenimento, publicidade e marketing, o texto agora publicado coloca o conceito conteúdo editorial dentro da esfera da profissão do jornalismo, apesar de a alargar às funções e profissões diretamente relacionadas com a produção material das peças jornalísticas. Logo: conteúdo editorial é qualquer texto, imagem ou som publicados com fins informativos, por agência noticiosa, imprensa, rádio, televisão e outros media eletrônicos, como resultado da pesquisa, recolha, seleção e tratamento de fatos ou opiniões feitos por jornalistas, dentro dos princípios deontológicos da profissão. Isto engloba funções como editor, repórter, fotojornalista, repórter de imagem de televisão e apresentador, mas também técnicos de litografia, técnicos de sistemas de informação, operadores e regentes de emissão. A digitalização traria maior poder aos jornalistas, alargando as suas funções. Com a substituição da máquina de escrever pelo computador, o jornalista passou a assegurar a composição do texto e, com software novo, a edição de fotografia e a paginação, o que eliminou alguns