Estudantes marcados
A escola é lugar de... Brigar, expulsar ,correr, jogar, acidentar, brincar, mexer, ler, entender, explicar, repetir, passar, escolher, falar, lutar... Estudantes do Projeto Investigativo de Inclusão Lendo e Escrevendo
Cada palavra carrega uma teia de historias. Palavra, fio que traduz a visão dos estudantes, considerados por muitos como “incapazes” de aprender a ler e a escrever. Nelas encontramos algumas pistas( Ginsburg,1991)de que a escola é o lugar da complexidade(Morin,1998), logo de possibilidades. Se tudo é possível, podemos ter e viver a esperança de escrever com eles uma outra história. Filiada a concepção de esperança defendida por Freire(2000) é que venho me perguntando: Até que ponto práticas pedagógicas pouco atentas ao que ao que estes estudantes sentem, fazem, pensam,falam e escrevem, tendem a fortalecer o processo de fracasso escolar vivido por alguns deles nos anos iniciais do Ensino Fundamental?
A compreensão de escola revelada pelos estudante na epígrafe deste texto me encoraja a assumir no cotidiano escolar uma postura a favor da vida que nele pulsa e exige de nós alguns saberes docentes muito diferentes daqueles aprendidos durante a nossa formação acadêmica. Aprendo que o cotidiano escolar é esse espaço/tempo de onde vêm as lembranças. Onde presente e passado se misturam e o desejo de um futuro melhor também é presente. Cotidiano escolar, considerado por muitos como espaço apenas de reprodução, mas que a vida com seu potencial criador insiste em contradizer. Vida transbordante das nossas salas de aula. Vida corporificada na presença dos nossos alunos e alunas de