Estudante
-Como toda interpretação, assim também as chamadas interpretações genérico-universais permanecem presas à dimensão da linguagem cotidiana. Elas constituem, por certo, narrações sistematicamente generalizadas; mas, memso assim, elas permanecem históricas. (p. 278)
-A unidade da história é fundada pela identidade de um horizonte de expectativas, possível de ser atribuído a estes sujeitos. A narrativa relata, com efeito, influência modificadora de acontecimentos experimentados subjetivamente, esses que irrompem em um mundo-da-vida e adquirem significação para sujeitos que agem. (p. 278)
-Cada história é, pelo fato de representar um conjunto individualizado, uma história particular. Cada exposição histórica implica a exigência por unicidade. Ainda que não abandone o plano da exposição narrativa, uma interpetação genérico-universal precisa, pelo contrário, romper esta limitação do que é histórico (p. 278)
-Como é possível uma tal generalização? Em cada história, por mais contingente que seja, esconde-se um elemento universal, pois de cada história um outro pode destilar algo de exemplar. Histórias são tanto mais compreensíveis, como um exemplo, qunato maior for o caráter típico de sua narração. O conceito do tipo designa aqui uma qualidade daquilo que pode ser traduzido: uma história é típica em uma dada situação e em relação a um público determinado quando a "ação" pode facilmente ser destacada de seu contexto original e transferida para uma outra situação, igualmente individualizada. (p. 279)
-A generalização sistemática consiste, portanto, no seguinte: em experiêcias hermenêuticas precedentes já se abstraiu de muitas histórias típicas, tendo me vista a multiplicidade dos casos individuais. A interpretação genérico-universal não contém nome de indivíduos, apenas papéis anônimos; ela não contém circunstâncias contingentes, mas constelações que retornam sempre de novo, e modelos de ação; ela não contém um emprego idiomático da linguagem, mas um